sexta-feira, 3 de julho de 2009

Novo endereço

Após meses de hibernação, o blog Vipbus encontra-se atualizado. Mas em outro endereço: http://vipbus.wordpress.com/

Nessa nova fase, além das postagens de costume haverá um foco maior na publicação de fotos.
Nas primeiras postagens, os serviços executivos Vipbus das empresas São Geraldo e Princesa do Norte e Starbus da Itapemirim. Isso nos anos 90!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Vipbus

Vipbus....
Foi minha primeira viagem em ônibus com ar condicionado, serviço executivo com café e água. De São Paulo a Natal, num Monobloco O-400 RSD da São Geraldo.
E, na hora de dar um nome a esse blog, o melhor que me ocorreu foi esse: Vipbus!
Além dos Monoblocos, os GV 1150 3xxx foram batizados de Vipbus também, como o da foto:
















São Geraldo 3089 - GV 1150 Paradiso Mercedes O-400 RSD
linha: Belo Horizonte (MG) x Anchieta (ES)
local: Terminal Rodoviário de Belo Horizonte (MG)
data: Jan/2005

Aliás, Vipbus também era o nome do serviço executivo da Princesa do Norte....






Princesa do Norte 62945 - Jum Buss 360 III Mercedes O-400 RSD
linha: São Paulo (SP) x Ibaiti (PR)
local: Terminal Rodoviário de Itapetininga (SP)
data: Fev/2005

domingo, 1 de março de 2009

PITERP - parte 4 : reavaliação de 1984

Após o primeiro estudo de 1978 e as alterações de 1980, o PITERP teve uma nova reavaliação em 1984, que daria origem à configuração atual dos terminais rodoviários de São Paulo.

O estudo em 1984 apontava algumas observações em relação ao estudo de 1980, principalmente no que dizia respeito ao futuro terminal rodoviário da Penha, cuja previsão de construção era Outubro de 1985. O terminal deveria receber todas as linhas interestaduais de todos os eixos.


Exibir mapa ampliado
no mapa de satélite, terreno ao lado da estação Penha que seria destinado ao terminal rodoviário.

Porém, observou-se que o atendimento a linhas interestaduais fora do eixo Dutra / Fernão Dias geraria efeitos negativos, tais como:
- efeito psicológico negativo do usuário ao atravessar a cidade, passar em frente ao terminal Tietê e não parar;
- congestionamento das marginais;
- concentração do movimento em alta temporada e queda abrupta no restante do ano;

Com base nessas observações, o terminal Penha fora definitivamente descartado. Optou-se pela operação de três terminais: Tietê, Jabaquara e Barra Funda.
Assim ficaria a nova configuração:
* Terminal Tietê
- linhas interestaduais e internacionais, exceto MS e MT das empresas Motta e Andorinha;
- linhas estaduais do eixo SP 330/348, exceto das empresas Itamarati e Casquel;
- linhas estaduais do eixo BR 116-Dutra/Fernão Dias;

* Terminal Barra Funda
- linhas estaduais do eixo SP 270/280;
- linhas interestaduais do eixo SP 270/280 que atendem MS e MT das empresas Motta e Andorinha;
- linhas estaduais do eixo SP 330/348, exceto das empresas Itamarati e Casquel;
- linhas estaduais do eixo BR 116-Régis Bittencourt;

* Terminal Jabaquara
- linhas que atendem à Baixada Santista;

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

PITERP - parte 3 : revisão de 1980

Nas últimas duas postagens sobre o PITERP falamos sobre o modelo proposto em 1978, que sugeria a operacionalização de cinco terminais - quatro para atendimento às linhas intermunicipais e um somente para as linhas interestaduais (Tietê).
Com base no próprio estudo, que apresentava a possibilidade de superdimensionamento das proposições, o Metrô elaborou uma revisão do estudo em 1980 com base nos seguintes fatores:

- a subutilização do terminal rodoviário do Tietê, cujo movimento médio das linhas que operavam no terminal era a metade da capacidade do projeto;
- retração do movimento de transporte rodoviário de passageiros, ante o crescimento registrado em 1978 pelo PITERP;


fonte: Oslaim Brito - álbum Flickr

A nova proposta ficou assim:
* Terminal Rodoviário do Tietê (TRT)
- linhas estaduais dos eixos SP 330/348 e BR 116/381 (exceto RMSP);
- linhas interestaduais dos eixos BR 116/381 (Rio, BH, Juiz de Fora, Sul de MG, etc...) e SP 330/348 (Sul de MG);

* Terminal Rodoviário da Penha (TRP)
- linhas interestaduais dos eixos BR 116/381 (usuários com característica de migração - Nordeste e Norte de MG), SP 330/348 (exceto Sul de MG), SP 270/280;
- linhas interestaduais e internacionais do eixo da rodovia Régis Bittencourt - BR 116;

* Terminal Rodoviário da Barra Funda (TBF)
- linhas estaduais dos eixos SP 330/348, SP 270/280 e BR 116 - Régis Bittencourt;

* Terminal Rodoviário do Jabaquara (TIJ)
- linhas com destino à Baixada Santista;

fonte: blog Busão e Companhia - Lucas Bernardino

Além dessa nova proposição, optou-se pelo congelamento de dois terminais previstos: Sul e Sudoeste.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

PITERP - parte 2

Continuando a postagem sobre o PITERP, hoje falaremos sobre os primeiros resultados dos estudo feitos em 1978. Resultados que seriam reavaliados seis anos depois.

PRÉ-LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS
Antes de chegar à pré-loclaização dos terminais, fez-se uma separação das rodovias que cortam o município de São Paulo em grupos. A separação ficou assim:

- grupo Norte  : SP 330 (rod. Anhanguera)
- grupo Leste  : BR 116 (rod. Dutra) e BR 381 (rod. Fernão Dias)
- grupo Sul     : SP 150 (rod. Anchieta) e SP 160 (rod. Imigrantes)
- grupo Oeste : SP 280 (rod. Castello Branco), SP 270 (rod. Raposo Tavares) e BR 116 (rod. Régis Bittencourt

A partir dessa separação, estabeleceu-se que deveria haver cinco terminais rodoviários:

* Terminal Leste
- atendimento às linhas intermunicipais do grupo Leste
- localização aproximada entre as avenidas Salim Farah Maluf e Aricanduva.

* Terminal Sul
- atendimento às linhas intermunicipais do grupo Sul
- localização próxima às estações São Judas ou Conceição do Metrô, no eixo da avenida dos Bandeirantes.

* Terminal Sudoeste
- atendimento às linhas intermunicipais do grupo Oeste
- localização na região do bairro Butantã, próximo às rodovias Raposo Tavares e Régis Bittencourt.

* Terminal Oeste (Barra Funda)
- atendimento às linhas intermunicipais do grupo Norte

* Terminal Norte (Tietê)
- atendimento a TODAS as linhas interestaduais e internacionais

PRÉ-DIMENSIONAMENTO
- Considerou-se um horizonte de dez anos.
- 60 plataformas de embarque para cada terminal
- demanda estimada em 6 mil partidas em 1990

O próprio estudo admite uma possível superavaliação, constatada na revisão do PITERP em 1984. Sobre essa revisão falaremos na próxima postagem, pois foi ela que baseou a configuração atual.

JABAQUARA, JÚLIO PRESTES....?
Interessante verificar que o estudo de 1978 não inclui o terminal Jabaquara (inaugurado em 77/78) para atender às linhas da Baixada Santista. Pelo contrário, sugere um novo terminal próximo às estações São Judas ou Conceição.
Não inclui também o Júlio Prestes, de propriedade particular e localização inadequada, no centro da cidade.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

PITERP - parte 1

Olá a todos!

Em postagens anteriores falamos do MITERP, o Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiros que, elaborado na década de 70, estabelecia algumas diretrizes básicas para a construção desses terminais.
Pois bem, a partir de hoje falaremos de uma outra publicação técnica, baseada nas diretrizes do MITERP, que tratou a respeito do projeto de terminais rodoviários no município de São Paulo. É o PITERP - Plano Integrado de Terminais Rodoviários de Passageiros.

Elaborado em 1978 pela Companhia do Metropolitano de São Paulo ( METRÔ ), o plano tinha como objetivo a "pré-localização e pré-dimensionamento de terminais rodoviários de passageiros na capital para um horizonte de dez anos".
Foi a partir dele - e de sua reavaliação em 1984 - que chegou-se à configuração atual de três terminais ( Tietê, Barra Funda e Jabaquara ).

Situação do transporte rodoviário de passageiros em 1978
O primeiro passo descrito no estudo foi mapear a situação dos terminais rodoviários existentes à época, bem como a demanda atual. Chegou-se ao seguinte cenário:

* Terminal Rodoviário João Caetano ( Júlio Prestes )

Acervo Tony Belviso¹

- proprietário: Carlos Caldeira Filho;
- 2.400 partidas/dia;
- 48 plataformas;
- 64.800 passageiros/dia;
- área de desembarque feita em área pública;
- crescimento da demanda em 9% ao ano;
- acessibilidade por ônibus urbano;
- saturação das vias urbanas do Centro;

* Terminal Intermunicipal do Jabaquara ( TIJ )


Skyscrapercity²

- administrado pelo Metrô-SP;
- regional, atende Baixada Santista;
- acessibilidade por ônibus e Metrô;
- 18 plataformas de embarque e 6 de desembarque;
- 500 partidas/dia;
- 27 mil passageiros/dia

* Terminal Rodoviário do Glicério
- administrado pelo Metrô-SP;
- início de operação em Outubro/1978;
- provisório: homologado pelo DNER para um prazo de três anos;
- linhas longa : origem/destino nas regiões Norte/Nordeste e Norte de MG;
- 250 ônibus/dia (estimado);
- 7.000 passageiros/dia (estimado);
- 12 plataformas de embarque/desembarque;

Feito este mapeamento da situação em 1978, o próximo passo foi definir algumas diretrizes orientadoras, dentre as quais:
- multiplicidade de terminais rodoviários (descentralização);
- proximidade destes dos eixos de chegada e saída dos ônibus;
- localização em eixos de transporte de massa ( ferrovia e Metrô );
- localização mais próxima possível do sistema viário urbano principal;

Assim, chegou-se a uma metodologia a ser utilizada e apresentação dos primeiros resultados, com a pré-localização dos futuros terminais...

Referências/Links
"Comédia passageira", autora: Vanessa Bárbara, disponível em http://www.andredeak.com.br/emcrise/reportagem/reporthistoriatrt.htm

Classical Buses, autor: Alexandre Figueiredo, disponível


Frase da semana....
"A rodoviária não é a casa da sogra", Carlos Caldeira Filho, proprietário da Estação Rodoviária Júlio Prestes. (OESP, 31/1/1981)

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