sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

PITERP - parte 1

Olá a todos!

Em postagens anteriores falamos do MITERP, o Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiros que, elaborado na década de 70, estabelecia algumas diretrizes básicas para a construção desses terminais.
Pois bem, a partir de hoje falaremos de uma outra publicação técnica, baseada nas diretrizes do MITERP, que tratou a respeito do projeto de terminais rodoviários no município de São Paulo. É o PITERP - Plano Integrado de Terminais Rodoviários de Passageiros.

Elaborado em 1978 pela Companhia do Metropolitano de São Paulo ( METRÔ ), o plano tinha como objetivo a "pré-localização e pré-dimensionamento de terminais rodoviários de passageiros na capital para um horizonte de dez anos".
Foi a partir dele - e de sua reavaliação em 1984 - que chegou-se à configuração atual de três terminais ( Tietê, Barra Funda e Jabaquara ).

Situação do transporte rodoviário de passageiros em 1978
O primeiro passo descrito no estudo foi mapear a situação dos terminais rodoviários existentes à época, bem como a demanda atual. Chegou-se ao seguinte cenário:

* Terminal Rodoviário João Caetano ( Júlio Prestes )

Acervo Tony Belviso¹

- proprietário: Carlos Caldeira Filho;
- 2.400 partidas/dia;
- 48 plataformas;
- 64.800 passageiros/dia;
- área de desembarque feita em área pública;
- crescimento da demanda em 9% ao ano;
- acessibilidade por ônibus urbano;
- saturação das vias urbanas do Centro;

* Terminal Intermunicipal do Jabaquara ( TIJ )


Skyscrapercity²

- administrado pelo Metrô-SP;
- regional, atende Baixada Santista;
- acessibilidade por ônibus e Metrô;
- 18 plataformas de embarque e 6 de desembarque;
- 500 partidas/dia;
- 27 mil passageiros/dia

* Terminal Rodoviário do Glicério
- administrado pelo Metrô-SP;
- início de operação em Outubro/1978;
- provisório: homologado pelo DNER para um prazo de três anos;
- linhas longa : origem/destino nas regiões Norte/Nordeste e Norte de MG;
- 250 ônibus/dia (estimado);
- 7.000 passageiros/dia (estimado);
- 12 plataformas de embarque/desembarque;

Feito este mapeamento da situação em 1978, o próximo passo foi definir algumas diretrizes orientadoras, dentre as quais:
- multiplicidade de terminais rodoviários (descentralização);
- proximidade destes dos eixos de chegada e saída dos ônibus;
- localização em eixos de transporte de massa ( ferrovia e Metrô );
- localização mais próxima possível do sistema viário urbano principal;

Assim, chegou-se a uma metodologia a ser utilizada e apresentação dos primeiros resultados, com a pré-localização dos futuros terminais...

Referências/Links
"Comédia passageira", autora: Vanessa Bárbara, disponível em http://www.andredeak.com.br/emcrise/reportagem/reporthistoriatrt.htm

Classical Buses, autor: Alexandre Figueiredo, disponível


Frase da semana....
"A rodoviária não é a casa da sogra", Carlos Caldeira Filho, proprietário da Estação Rodoviária Júlio Prestes. (OESP, 31/1/1981)

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